Truly Love

I will always Truly Love you, my big cat you are the best, I need you because you are wonderful and you make me feel happy forever, my heart is yours and it beats for you all day long.

Rodolfo e Valquíria

 

“Espera Valquíria, não corras tão depressa” - disse Rodolfo “Esperei durante muito tempo agora fujo-te.” - respondeu-lhe Valquíria. “Estava a preparar-me para ti.” Valquíria riu-se: “a pôr a maquilhagem?” “Não meu Amor, queria que tudo corresse bem e…” “E nada, apenas me fizeste sofrer, até tomei comprimidos para a cabeça.” “Desculpa, queria que tivesse sido de outra forma.” “Não desculpo, sofri mesmo muito, se quisesses muito terias feito as coisas de outra maneira”. “Vem cá Valquíria, não corras tão depressa.” “Nem tinha provas, era mesmo tudo uma questão de fé, não sou uma pessoa de fé.” “Mas agora estou aqui, para quieta.” “E quem para quieto o meu coração tão ferido?” – perguntou-lhe Valquíria

Anselmo

“Está tão escuro Anselmo” - disse-lhe Maísa. “Esta altura do ano é assim…” - respondeu Anselmo. “Estou a dizer cá dentro, não se vê nada.” “Eu sei Maísa, tudo doe, doe como espadas espetando a carne toda!” “Sim, está tudo ferido cá dentro, são feridas gigantes abertas a uma dor maior” “A uma dor maior Maísa?” “A dor terrível de existir…de nada ter sentido…de tudo ser tão estúpido.” “Sim, mas as coisas têm sentido…ou achas que eu não tenho sentido?” “Tens sim, todo o sentido do mundo, mas esta escuridão flagela as feridas.” “Maísa, apenas te posso ajudar estando do teu lado, não sei curar feridas.” “Fica Anselmo, contigo fica menos escuro.”

A direção

 

“Achas que vai doer ainda mais Nicolau?” - perguntou Marisela com frio na alma. “Mais não porque estou aqui.” - respondeu Nicolau “Mas não passa, verdade?” “Isso já não sei, é uma ferida muito profunda que se espetou no ser.” Marisela começa a chorar muito e, entre soluços, disse: “se não tenho uma rosa-dos-ventos como vou caminhar Nicolau?” “Tenho uma oferta para ti: a minha bússola” “E depois tu?” “Caminho bem no deserto sem direções, precisas mais da bússola do que eu” Marisela ficou muito pensativa e disse: “tu e eu à nossa maneira sempre fizemos companhia um ao outro, de uma certa forma és a minha direção”. Nicolau ri-se e disse: “a tua ferida ao longo do caminho que temos feito tem vindo a sarar, devíamos fazer mais companhia um ao outro.” “Queres ser a minha direção para sempre, sem me abandonares a meio?” – perguntou Marisela “Nunca te faria isso, gosto demasiado de ti, já chegámos até aqui…” – disse-lhe Nicolau

Bastões de aço

 

“Perdoa-me” - disse-me ela com os olhos muito molhados. Era mentira, era mentira o que tinha acabado de me dizer, teria feito tudo igual, eu sei. Ela estava ali, no meio daquela rua solarenga, a falar comigo com um ar arrependido, mas na verdade estava a pensar na razão que a tinha levado até ali: “será que aquelas calças castanhas escuras têm o meu número, têm de ter…” “Não te perdoo, não estás a ser honesta e magoaste-me com bastões de aço”. “Estou a dizer-te a verdade sim, porque te haveria de te mentir? Bastões de aço, sempre foste muito engraçada…” Então, fechei o punho direito e dei-lhe um murro com bastante força na cara: “sim bastões de aço, vários, mas emocionais.” Afastei-me e disse-lhe, enquanto ela olhava para mim incrédula por lhe ter dado um murro: “experimenta isto durante anos e anos e entende que um perdoa-me como o teu ainda magoa mais, tudo o que fizeste foi propositado.”

Dormir

Fui outra vez às urgências de Psiquiatria ontem, estava em pânico, mais uma vez não tinha dormido quase nada. Já estava a entrar em parafuso por estar deitada na cama tantas horas sem conseguir dormir e segui para as urgências. A psiquiatra de serviço mudou-me a medicação toda e disse que, em princípio, o meu sono ia ser regulado e que as minhas noites iam correr bem a partir de agora. Resultado: uma excelente noite de sono! Nem dá para acreditar! Apenas os meus dois principais problemas  ainda anão estão resolvidos: não sou copy, nem tenho o Ricardo. Na verdade, foram estes dois problemas que causaram os meus problemas de sono, especialmente não ter o Ricardo.

Provocadora


És provocadora, sempre, apareces com essa saia vermelha manchada e atiras uma dança no salão. Sempre provocadora, olhas para eles dizendo-lhes "desejo-te" e danças como uma bailarina de luxo, danças como nunca ninguém dançou. Olhas para eles como uma mulher que amadureceu apenas para os captar. Desejas-lhes a todos e o teu olhar penetra ladrão todos os outros olhares. Os teus passos são calculados, dirigem-se ao homem certo, perguntas-lhe: "danças?". Ele, claro, dança. No fim, abandona-lo e o teu barco dirige-se a outro porto.